Prorrogado por mais 90 dias estado de calamidade em
sete cidades da Serra.
As prefeituras dos
sete municípios da Região Serrana, atingidos pela tragédia de janeiro do ano
passado, decidiram prorrogar por mais 90 dias o estado de calamidade. Com o
estado de calamidade as prefeituras passam a receber verbas dos Governos
Estadual e Federal. Mas, só tem um problema. Em Petrópolis, por exemplo, o
setor do turismo teme que esse estado de calamidade crie uma sensação de medo
para o turista.
O decreto da prefeitura de Areal, na Região Centro Sul Fluminense, esclarece que as áreas atingidas ainda estão em fase de reconstrução. E os prejuízos pessoais e materiais sofridos pela população não foram satisfatoriamente equacionados.
Em São José do Vale do Rio Preto, a prefeitura diz
que a prorrogação foi decretada porque os deslizamentos do ano passado teriam
sido agravados ainda mais com a chuva do início deste ano.
A prorrogação do estado de calamidade também foi
adotada por Teresópolis. A prefeitura alega que ainda aguarda a transferência
de recursos para obras de infraestrutura de grande porte. E, a implantação de
programas de assistência às vítimas da catástrofe.
Nova Friburgo
seguiu o mesmo procedimento e mantém o estado de calamidade.
Em janeiro, a prefeitura de Petrópolis aceitou a orientação vinda do Governo do Estado, e também adotou a prorrogação por mais 90 dias.
Quando decreta o estado de calamidade, o município passa a contar com ajuda e recursos do Governo Federal. No caso de Petrópolis, segundo a prefeitura, o estado de calamidade foi prorrogado porque o Vale do Cuiabá ainda não retornou à normalidade.
Mas, vários setores da sociedade civil de Petrópolis não viram a medida com bons olhos. O estado de calamidade permite que as prefeituras façam contrações sem licitação em 2012, que é ano eleitoral.
A economia também sente os impactos da prorrogação do estado de calamidade. Segundo o Petrópolis Convention Bureau, o turista fica com medo de visitar a Região Serrana.
Quando foi prorrogado pela primeira vez, a posição da prefeitura, ainda durante o Governo de Dermeval Barbosa Moreira Neto, era de que mesmo sendo prorrogado o estado de calamidade no município, só seriam feitos contratos com licitação, devido aos inúmeros problemas encontrados pela justiça nos contratos executados pela prefeitura.
Fonte:
in 360