DRM-RJ apresenta Carta de Risco do
Distrito de Jamapará.
O Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro (DRM-RJ)
divulgou hoje (01/02), em seu site (www.drm.rj.gov.br),
a Carta de Risco Remanescente/Iminente a Escorregamentos do Distrito de
Jamapará, no município de Sapucaia. O estudo identificou 11 áreas de risco
iminente no distrito, ameaçando 102 casas de acidentes como escorregamentos,
deslizamentos de solo, erosão e até mesmo queda de blocos rochosos.
Com base em mapeamento de campo, sobrevoos de helicóptero e
interpretação de fotos frontais tomadas da cidade mineira de Além Paraíba (na
outra margem do rio Paraíba do Sul), o Núcleo de Análise e Diagnóstico de
Escorregamentos – NADE/DRM-RJ reuniu as informações geológicas para delimitar o
risco remanescente e iminente a escorregamentos nas encostas do distrito de Jamapará,
que foi afetado por um deslizamento de solo e rocha causando a morte de 22
pessoas, no início do mês.
No documento, o DRM-RJ indica que as feições de
escorregamentos mapeadas foram subdivididas em pretéritas e recentes, uma vez
que diante da sua geologia, as encostas do distrito de Jamapará, assim como a
própria sede do município de Sapucaia, já foram palco, no passado, de outros
processos geodinâmicos perigosos, como voçorocas e deslizamentos de solo e
rocha.
Após o mapeamento, as feições recentes relacionadas aos
eventos de janeiro deste ano, foram individualizadas em: setores de risco
remanescente e de risco iminente no distrito de Jamapará.
1 – Os setores de risco remanescente são considerados aqueles
extremamente críticos, onde o material não mobilizado pelos deslizamentos de
maior porte está prestes a se movimentar, bastando chuvas menores que a
registrada nos desastres de janeiro. São as áreas de onde os moradores devem
ser evacuados imediatamente, sem que haja a demolição das casas, uma vez que
estas ainda protegem outras casas.
2 – Os setores de risco iminente são considerados aqueles
críticos, ou seja, onde os condicionantes geológicos e uso do solo indicam uma
probabilidade alta de ocorrência de escorregamentos que, sob chuvas normais,
têm elevada possibilidade de destruição imediata de uma ou mais moradias, com
pessoas expostas ao risco.
Desta forma, a Coordenação Municipal de Defesa Civil (COMDEC)
e a própria Secretaria Municipal de Obras de Sapucaia podem hierarquizar as
suas ações de evacuação, interdição ou remoção das casas, ou mesmo definir
aquelas que permitam, ainda que de forma temporária, a convivência com o risco.
- É necessária, ainda, a elaboração de um plano de
contingência que atenda ao quadro de alto risco, acompanhado de um programa de
informação e treinamento da população local – afirmou Flavio Erthal, presidente
do DRM.
A Carta de Risco preparada pelo DRM foi feita com apoio de
pesquisadores do PRONEX, PCU-Rio, NGA e Morfo Tektos.
Fonte: http://www.rj.gov.br
Créditos das Fotos:
DRM-RJ