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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012


Reunião em Sapucaia esclarece dúvidas de moradores. 

Prefeito se comprometeu a viabilizar análise de geólogos.

Para desfazer mal entendidos e elucidar a real situação da população sapucaiense residente em áreas de risco iminente apontadas pela Carta de Risco Remanescente/Iminente do Distrito de Jamapará, divulgado pela Equipe do Núcleo de Análise e Diagnóstico de Escorregamentos – NADE do Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro no último dia 31 de janeiro, o Prefeito Anderson Zanon, realizou na terça-feira (14/02), reunião com mais de três horas de duração, na Casa de Cultura, esclarecendo dúvidas sobre ações da Prefeitura.
De maneira bem intimista, Zanon, respondeu as perguntas feitas por moradores, jornalistas e vereadores, sempre auxiliado pelos Secretários de Planejamento e Defesa Civil, Marco Antônio Teixeira Francisco, e Comunicação, Sérgio Campante.
De acordo com informações do prefeito repassadas aos presentes, o Presidente do DRM–RJ, Flávio Erthal, já se comprometeu a realizar um mapeamento das encostas do município com prioridade para os bairros da Metrama, São João e Centro. Zanon frisou inclusive que Erthal ratificou o compromisso do governador do Rio, Sérgio Cabral, que desde 2009 outorgou a responsabilidade deste tipo de serviço ao Núcleo de Análise e Diagnóstico de Escorregamentos do DRM-RJ.
Segundo o presidente do DRM – RJ, uma empresa privada de geologia será escolhida para auxiliar o Serviço Geológico do Rio de Janeiro que em 2011 mapeou 31 municípios com 1.673 setores considerados de risco, detectando nessas áreas, 7.683 casas ameaçadas e 32.079 pessoas expostas ao perigo.
O trabalho da equipe do DRM-RJ será, primeiramente, conversar com a Defesa Civil Municipal e com os moradores das áreas para detectar onde já ocorreram deslizamentos.
A partir dessas informações, técnicos sobrevoam de helicóptero a área de alto risco e tiram fotos das localidades. Depois das análises, os relatórios são apresentados aos órgãos públicos, que ficam encarregados de definir métodos para proteger a população.
Em entrevista concedida a Rádio CBN nesta semana o presidente do DRM-RJ, Flávio Erthal, falou que muita coisa precisa ser feita para que acidentes sejam evitados, como os deslizamentos que afetaram o município de Sapucaia no início do ano. - A população precisa ser avisada que mora em área de risco, como a prefeitura vem fazendo, e a Defesa Civil precisa ser melhor aparelhada. As coisas melhoraram, mas podem melhorar ainda mais, ressaltou Erthal.
O geólogo também apontou o desmatamento como principal fator de contribuição para os graves acidentes. - O principal motivo dos deslizamentos é a intervenção humana. A pessoa desmata, coloca casas e isso gera problemas.
Para Suely, uma moradora do centro, a maior preocupação seria com a evacuação dos imóveis durante os momentos de chuvas fortes. – Estamos apavorados. Minha filha não dorme mais quando chove. Se chover nós temos pra onde ir, e os meus vizinhos? Já para Regina, moradora da Metrama, as pedras existentes no bairro precisam ser retiradas.  – Moro ali há muitos anos, porém não sabemos se as pedras podem cair e nos matar, peço que este problema seja resolvido logo. Regina Alípio e Aparecida, ambas moradoras do centro, solicitaram a contratação de um geólogo para elaboração de um laudo técnico em que sejam definidas de forma clara, quais imóveis estão ou não em área de risco, mesmo com o mapeamento sendo realizado pelo DRM – RJ. Débora Silva, moradora que perdeu tudo o que tinha no deslizamento ocorrido em Jamapará, agradeceu ao prefeito e a Secretária de Assistência Social, relatando o apoio garantido às famílias e o esforço das autoridades sapucaienses no auxílio aos desabrigados e desalojados da tragédia que vitimou 22 pessoas no município.
O Secretário de Planejamento e Defesa Civil, Marco Antônio Teixeira Francisco, afirmou que o poder de resposta do município a este tipo de desastre natural não existe. – O município sozinho não tem como atender a demanda que está apresentada.
Marco Antônio disse ainda, que está programada para acontecer em curto espaço de tempo, a colocação de sirenes em pontos estratégicos visando o alerta para evacuação das áreas em caso de emergência ou iminência de perigo, que será realizada pelo governo do estado, que ainda não divulgou o início da implantação do sistema.
Zanon se comprometeu a resolver os problemas apresentados em curto espaço de tempo e acredita que até o fim de março possa marcar um novo encontro com a população, inclusive com a presença de geólogos, ressaltando que as Secretarias de Defesa Civil e Obras de Sapucaia terão que hierarquizar as suas ações de evacuação, interdição ou remoção das casas, ou mesmo definir aquelas que permitam, ainda que de forma temporária, a convivência com o risco, após apresentação de laudo ou relatório técnico sobre o assunto. Zanon disse também que fará ampla divulgação de todos os procedimentos adotados pela PMS, assim como fará a convocação dos moradores para um amplo debate que envolve toda sociedade sapucaiense.
Até o momento a prefeitura de Sapucaia já realizou as seguintes ações em relação ao ocorrido em Jamapará:
•         Garante três refeições diárias para centenas pessoas até a presente data;
•         Garantiu a vinda de kits de medicamentos que atenderá 500 pessoas durante três meses em Jamapará com mais de cinquenta itens, dentre eles: Acido Acetilsalicílico, Amoxicilina, Captopril, Glibenclamida, ataduras de crepom, seringas descartáveis e etc;
•         Garantiu o Cartão de pagamento da Defesa Civil no valor de R$150 mil que servirá para arcar com despesas de compra de mantimentos, pagamento de aluguel social, combustível, e outras despesas necessárias;
•         Viabilizou o pagamento de 150 aluguéis sociais no valor de R$400,00 (cada) às famílias cadastradas que deverão ser pagos até o início de março. Ao todo serão pagos 100 aluguéis através do Cartão do Programa Bolsa Família e 50 através da Conta Fácil aberta pela Caixa Econômica Federal;
•         Disponibilização junto a Caixa Econômica Federal,  de subvenção econômica para participar, excepcionalmente, na modalidade do Fundo de Arrendamento Residencial – FAR, que será utilizada para construção de 200 unidades habitacionais em Jamapará;
•         Garantiu a remoção das últimas 49 famílias que ainda estavam desalojadas ou desabrigadas no quarto distrito de Sapucaia, ocupando o CIEP, com a construção de cozinha no campo do Trevo, dentre outras.

Fonte: SECOM PMS
Fotos: Sindiclei Baião