Enquetes manipulam dados e burlam norma do TRE.
Tão logo começou a corrida pelas vagas no legislativo e no executivo
municipais, pesquisas de intenção de votos pipocam nos diversos veículos
de comunicação e confundem os eleitores, que sem o conhecimento da
metodologia e da seriedade de seu conteúdo, acabam sendo influenciados
pelos resultados divulgados.
O Tribunal Superior Eleitoral proíbe a divulgação de pesquisas de
intenção de votos sem o devido registro no órgão, no entanto, permite a
realização e divulgação de resultados de enquetes ou sondagens, desde
que o eleitor seja informado não se tratar de pesquisa eleitoral e sim
de mero levantamento de opiniões, sem controle de amostra, e que não
utiliza método científico para a sua realização, dependendo, apenas, da
participação espontânea do interessado. A prática contrária à Resolução
do TSE é considerada divulgação de pesquisa eleitoral sem registro e
resulta na aplicação das sanções previstas na lei.
Basta fazer uma busca pela Internet para constatar que pesquisas
eleitorais são anunciadas em sites e blogs, dando como certos os
resultados parciais de enquetes, mas sem apresentar o número de registro
junto ao órgão eleitoral regional, conforme determina a Resolução
23.364, do TSE. “As pesquisas são às vezes compreendidas como de
natureza persuasiva, mas na verdade elas têm natureza informativa”,
afirma João Francisco Meira, presidente do Vox Populi, um dos organismos
de pesquisa mais conhecidos dos eleitores. Para ele, essas campanhas
distorcem o resultado de uma pesquisa, com um título ou um gráfico
exagerados que beneficia um determinado candidato.
Fonte: Folha Popular