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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Produtores sapucaienses discutem mudanças trazidas pelo novo Código Florestal.



 

O Sindicato dos Produtores Rurais de Sapucaia e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente através da FAERJ - Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Rio de Janeiro promoveram em parceria, nesta quarta–feira (21/11), palestra sobre as principais mudanças trazidas pelo novo Código Florestal brasileiro para aos produtores rurais.
Realizada na Casa de Cultura, Manoelina Vieira Francisco, o evento trouxe muitas informações sobre o que muda para os produtores rurais sapucaienses que precisam se adequar para cumprir as determinações do novo Código Florestal.

O assunto ainda traz muitas dúvidas e questionamentos, principalmente por que mesmo estando em vigor desde maio, o novo Código Florestal (Lei 12.651/12) sofreu algumas alterações em outubro, a partir de uma medida provisória - (MP 571, convertida na Lei 12.727/12) - enviada ao Congresso pela presidente Dilma Rousseff.

O Consultor da Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Rio (FAERJ), Dr. Moacyr Fiorillo Bogado, abordou temas importantes durante a apresentação, e assuntos como: Programa de Regularização Ambiental (PAR), Cadastro Ambiental Rural (CAR), reserva legal e Áreas de Preservação Permanente (APP’s) despertaram o interesse do público presente.

Na opinião dos produtores rurais é preciso pensar melhor no que deve ser feito, já que alguns possuem apenas o prazo de cinco anos para recompor a mata ciliar sem pagamento de multas.

As propriedades com área entre quatro e dez módulos fiscais devem manter, pelo menos, 20 metros de vegetação às margens dos cursos d’água. Em propriedades maiores ou em rios mais largos, a recomposição deve ser entre 30 e 100 metros de mata ciliar e a Área de Preservação Permanente tem que servir para recuperação das espécies vegetais e para corredor e abrigo da fauna silvestre, explicou Moacyr Bogado.

Na opinião de muitos especialistas a aplicação da nova legislação para os médios proprietários poderá trazer graves problemas já que em uma propriedade até quatro módulos, considerada pequena de maneira geral, estaria adequada e bem protegida, porém uma propriedade ligeiramente acima deste tamanho poderá perder 30%, 50%, 60% da sua área de produção.
Na avaliação da Confederação da Agricultura e Pecuária, a regulamentação do novo código terá de definir com mais clareza as especificidades de cada tipo de produtor e região, bem como os prazos para conversão de áreas produtivas em matas nativas obrigatórias. Apesar de o produtor ter agora mais chances para se legalizar, acredita-se que a regularização será um desafio.

A direção da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) no Congresso Nacional propôs a criação de um grupo de trabalho interministerial para definir a regulamentação do Programa de Regularização Ambiental (PRA) e do Cadastro Ambiental Rural (CAR), previstos no Código Florestal e o assunto certamente causará ainda muita discussão entre produtores de todo país.

De acordo com a FPA, a formação do grupo seria a maneira mais democrática e transparente do governo debater as normas para regulamentar as várias questões da nova lei que ficaram em aberto. Segundo a frente, caso estes pontos não sejam bem avaliados, ainda poderão trazer uma indesejável insegurança jurídica no campo.

Fonte: ASCOM Prefeitura Municipal Sapucaia
Foto meramente ilustrativa