Casa de Caridade de Leopoldina ameaça fechar as portas.

Os funcionários ainda não receberam o salário de dezembro e o 13º. E o dinheiro faz falta. Uma funcionária, que preferiu não se identificar, conta as dificuldades que está enfrentando: 'A gente tem aluguel pra pagar, tem contas que não esperam, né? Igual água e luz, não esperam, 'corta'. E aí, a gente fica sem'. Outra funcionária, que também prefere ficar anônima, ressalta que muitos estão desmotivados “'Funcionários faltando, né? Até funcionários para poder repor o outro. A gente chama pra poder substituir e pra dar uma ajuda, dar um suporte pra gente. E a resposta é: 'infelizmente, não vou. O hospital não está pagando. O que eu vou fazer aí?'' 

A Casa de Caridade, fundada em 1889, é o único hospital de Leopoldina e no momento passa por dificuldades. Enquanto a receita mensal é de aproximadamente R$700 mil, as despesas giram em torno de R$900 mil. A conta não fecha.
A dívida com os funcionários não é a única. Fornecedores também estão sem receber. A nova provedora, Vera Pires, que assumiu em janeiro, tenta obter um empréstimo para resolver a situação: ‘Estamos contando com um pedido de empréstimo pela Caixa Econômica Federal. Estamos aguardando a assinatura, a anuência do Secretário Estadual de saúde’.

Em média, 300 pacientes são atendidos por dia. Os 110 leitos estão ocupados. Uma placa informa que só há um médico plantonista. O hospital pede a ajuda à comunidade. ‘Alguns moradores estão doando comida, lençóis... Nós contamos com a ajuda, a solidariedade do povo de Leopoldina. A gente tem conseguido receber alguns mantimentos para diminuir a despesa da cozinha. Nós recebemos de uma pessoa, até anônima, uma quantidade de lençóis que a gente vai usar no Pronto Socorro. Nós temos recebido algumas doações, mas ainda estão pequenas. Nós vamos fazer um movimento na cidade pedindo mesmo a ajuda da população’.

Fonte: Megaminas.Com

Crédito da Foto: Megaminas.Com