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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Empresário alemparaibano é preso pela Polícia Federal no Rio de Janeiro.



A Delegacia Fazendária (Delfaz), o Ministério Público estadual e a Secretaria estadual de Fazenda realizaram a Operação Robusta na manhã de terça-feira, dia 9 de abril, contra uma quadrilha especializada em fraudar o fisco, cuja atividade resultou na sonegação de cerca de R$ 182 milhões em impostos estaduais, nos últimos três anos. O bando se utilizava de, pelo menos, 20 empresas de fachada localizadas no Rio, que comercializam café em estado bruto ou em grãos. A fraude envolve mais dois estados além do Rio: Espírito Santo e Minas Gerais. Segundo Izabela Santoni, da Delfaz, o volume total de notas fiscais eletrônicas emitidas pelas empresas investigadas é de R$ 2 bilhões. 

A investigação já identificou dois auditores fiscais suspeitos de envolvimento no crime, mas há a possibilidade de haver mais funcionários públicos no esquema. Eles ocupam cargo de chefia nas inspetorias regionais da secretaria de Fazenda, em Itaperuna e Cantagalo, no Noroeste Fluminense. As Justiças dos três estados expediram, juntas, 11 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão. O empresário Alexandre Peracio, de 67 anos, morador de um apartamento de luxo na Rua Sousa Lima, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, foi o primeiro preso na operação no início da manhã. Os agentes apreenderam documentos e computadores na casa e na inspetoria dele. — Essa quadrilha atua em todo o Brasil. Entramos nos estados que causam o maior rombo aos cofres públicos — disse a delegada. As investigações foram iniciadas após o fisco do Espírito Santo comunicar à Secretaria de Fazenda do Rio que as operações de venda de café fluminense para o estado capixaba eram dez vezes maiores que a produção total de café daqui, que é de 250 mil sacas por ano. O Rio enviou ao Espírito Santo mais de 3 milhões de sacas em 2012, o que demonstrava que havia algo de errado. Foi o ponto de partida para o fisco fluminense passar a monitorar as atividades de diversas empresas do gênero estabelecidas, principalmente, no Noroeste do estado. Percebeu-se que as firmas eram de fachada e que tais operações de venda de café nunca tinham ocorrido. De acordo com o Ministério Público, as empresas de café recorriam aos serviços da quadrilha para não pagar tributos. O esquema funcionava da seguinte forma: o produtor vende café do Espírito Santo para comerciantes da região, que utilizam notas fiscais de empresas criadas pelo bando do Rio, livrando assim o comerciante capixaba do ônus do imposto. As firmas fluminenses são constituídas em nomes de "laranjas", que ficavam responsáveis pelo pagamento do imposto. No entanto, para não pagarem os tributos, essas empresas de fachada simulavam a compra do café de outro estado. Desta forma, a empresa fluminense recolhia o imposto apenas sobre o lucro da operação, mas legitimava um crédito cerca de 100 vezes maior. No Rio, 25 policiais da Delfaz atuam na operação para cumprir oito mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão contra um empresário do Espírito Santo, estado cuja Justiça determinou o sequestro dos bens dos envolvidos para garantir o ressarcimento do valor dos impostos sonegados à Fazenda. A Operação Robusta foi batizada com este nome devido à qualidade do café comercializado pela quadrilha. 

Fonte e Foto: O Globo
O empresário Alexandre Perácio sendo levado pela Polícia

Direção do Café Moeda foi surpreendida com a notícia.

Pelo fato do empresário Alexandre Perácio pertencer a uma das mais tradicionais famílias de Além Paraíba, ligadas à indústria de café, a reportagem do jornal AGORA entrou em contato com a direção alemparaibana do Café Moeda, oferecendo o espaço para a versão da empresa. A informação recebida foi a de que a notícia da prisão de Alexandre Perácio pegou a todos de surpresa e que a direção do Café Moeda nada sabe além daquilo que foi publicado no site do jornal O Globo. Segundo um dos diretores, Alexandre teve seu nome envolvido por ter integrado a Perácio Exportadora de Café, cuja falência já foi decretada há cerca de 4 anos, sendo que tal empresa, na atualidade, não possui qualquer relação com o Café Moeda de Além Paraíba. Na indústria alemparaibana, o que se sabe é que o empresário, filho do saudoso Wilson Perácio— falecido há cerca de 4 meses— foi levado pela Polícia Federal com o intuito de prestar esclarecimentos sobre o assunto, sendo prematuro afirmar que ele esteja de fato envolvido em tal quadrilha especializada em fraudar o fisco.

Fonte: Agora Jornais Associados